Grandes extensões de terras inutilizadas estão
sendo ocupadas pelo povo do Grajaú. Elas são a resposta a uma política que
favorece os endinheirados e os governantes, que promovem despejos deixando
terras abandonadas e milhares de famílias sem moradia digna. Quando muito,
é oferecida a bolsa-aluguel, que longe de ser uma política habitacional, é
uma forma de opressão da população, pois faz explodir o preço dos aluguéis
e aumentar o custo de vida na região, causando a expulsão de outros tantos
moradores para áreas ainda mais afastadas e sem infraestrutura.
Enquanto isso, o ritmo da construção de moradias populares é absurdamente
lento.
Duas das ocupações que ocorreram no Grajaú
organizaram um protesto para hoje, quarta-feira, dia 31 de julho. Uma
parte dos moradores continuará cuidando das ocupações, e outra parte
marchará unida para a Subprefeitura da Capela do Socorro.
A ocupação Povo Unido para Vencer está num terreno
da prefeitura, que há mais de dez anos promete construir um Parque Linear.
O terreno continuou abandonado até que no dia 25 de julho cerca de 250
famílias o ocupou, reivindicando moradia, áreas de lazer, saúde e
educação. Já a ocupação Recanto da Vitória, é uma propriedade privada
também abandonada, que está sendo ocupada por centenas de famílias desde
sábado, dia 27 deste mês. A reivindicação é simples: que os governos deem
os terrenos às famílias ocupantes por meio de concessão ou compra, que
garantam as condições para que essas comunidades se consolidem, e que
impeça qualquer tipo de repressão por parte da polícia.
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