Pela verdadeira democratização
da vida sindical na APEOESP.
A tarefa de democratizar o sindicato extrapola a
organização dos ativistas no interior dos locais de trabalho, pressupõe também
a sua integração no cotidiano do sindicato. Isso implica na constituição de
instâncias na entidade (conselhos de representante de escola, por exemplo) que
permitem integrar os trabalhadores ao sistema de decisões. Essa tarefa só
estará completa se cada trabalhador compreender a importância de construir uma
entidade combativa, democrática e com independência de classe.
Independência
de classe: Praticar a independência
de classe é lutar contra todas as formas de exploração capitalistas, contra
todas as instituições que a elite rica utiliza para violar os direitos dos
trabalhadores. Nesse sentido, é dever de todos os trabalhadores
construir, pela base, uma programa que ao mesmo tempo abarque as reivindicações específicas e
mínimas de cada categoria ou seguimento dos trabalhadores e também
as demandas políticas gerais da classe rumo a uma outra sociedade sem a
existência de classes. As
organizações sindicais que estão sob o controle do estado, ou em conluio com os
patrões (como a CUT e a Força Sindical, por exemplo) escolhem o caminho da
submissão, pois não almejam uma tomada do poder, mas apenas o de amenizar o
nível de exploração sem os questionar. Dessa forma, educam os trabalhadores de
que seria possível alcançar a resolução dos problemas sociais pela parceria com
os patrões e governos. Faz-se necessária a organização independente dos
trabalhadores contra a reação burguesa, diante dos ataques e ofensivas
patronais e dos governos contra os direitos mínimos desses trabalhadores. Essa
organização independente, política e sindical pressupõe uma consciência de
classe e uma ação classista, do contrário, não há conquistas.
Combatividade
e democracia operária: Um sindicato
combativo é aquele alicerçado pela mobilização dos trabalhadores, organizado
nos locais de trabalho que deve assegurar a soberania de todos seus membros,
sua autodeterminação, o controle por eles, das decisões e dos encaminhamentos
adotados em suas organizações e nas suas lutas. Os sindicatos combativos são
escolas para os trabalhadores, pois em suas atividades cotidianas, nas
mobilizações e nas greves. Tornam-se espaços de formação, aprendizados e de
planejamento de suas lutas, sendo uma “treinamento” para administrar a
sociedade no futuro. Esse é um princípio fundamental, pois quando o poder de
decisão é tomado somente “pelo andar de cima” (direção) não demora o surgimento
dos processos de burocratização e de adaptação à barbárie reinante (capitulação
aos agentes partidários que capturam o estado).
Medidas
para manter o sindicato em sintonia com a base:
·
Discutir todas
as demandas da categoria com os trabalhadores nos locais de trabalho.
·
É salutar que
os dirigentes sindicais não fiquem muito tempo “longe” dos locais de trabalho,
deve-se limitar em seus estatutos o direito de reeleição em apenas dois
mandatos consecutivos. (dois anos).
·
A remuneração
do dirigente não deve ser maior do que o salário que ganharia se estivesse em
seu local de trabalho.
·
Construir
formas colegiadas de direção, com a rotação de dirigentes nas diferentes
tarefas;
·
Reproduzir
ações de companheirismo e fraternidade entre seus membros, combatendo todas as formas de discriminação racial,
sexistas e homofóbicas.
·
Todo apoio a
outras entidades e movimentos sociais devem ser aprovadas pelas instâncias de
base da entidade.
·
Limitar o uso
dos equipamentos e recursos da entidade somente aos membros que estão à serviço
da entidade e da luta dos trabalhadores, nunca em benefício pessoal da direção
ou de qualquer membro da entidade.
Participe conosco da construção da escola
pública que queremos. Sugira, critique, opine. Organize sua escola, traga
propostas, ideias.
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E-mail: educadores.organizadospelabase@gmail.com