domingo, 12 de março de 2017

Contra a Reforma da Previdência - Grande assembleia organiza a greve do dia 15 de março



Mais de trinta mil professoras e professores participaram na tarde de quarta-feira, 8 de março, da assembleia estadual da categoria, que aprovou medidas para organizar a participação na greve nacional da educação, convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, com início no dia 15 de março.
Nesta data, será realizada uma nova assembleia na Praça da República que deliberará sobre a continuidade ou não da greve e os próximos passos do movimento. Após a assembleia, as professoras e os professores sairão em caminhada para participarem do ato unificado das centrais sindicais contra a Reforma da Previdência e em defesa dos direitos dos trabalhadores.
Combinando a pauta nacional, questões gerais e os temas específicos da categoria no estado de São Paulo, a assembleia ocorreu numa data simbólica: o Dia Internacional da Mulher. Esta data adquire grande significado pelo fato do magistério paulista ser composto por 84% de mulheres e por serem as professoras as mais atingidas pela Reforma da Previdência, que propõe unificar a idade mínima para a aposentadoria de mulheres e homens, desconsiderando que elas cumprem dupla ou até tripla jornada de trabalho, como profissionais, donas de casa e mães.
Contra o machismo
e a misoginia
Por isso, a assembleia teve início com uma homenagem à luta das mulheres. Após a atividade da categoria, todas/os se dirigiram em caminhada até o centro da cidade, onde se encontraram com vários movimentos de mulheres e seguiram para a sede da Prefeitura de São Paulo. A APEOESP também denunciou o machismo que ainda persiste e a misoginia, que atinge determinados homens, desenvolvendo aversão às mulheres, sobretudo aquelas que se destacam profissionalmente ou como lideranças. A misoginia provoca abusos, agressões verbais e físicas e até assassinatos de mulheres e deve ser combatida.
Organização da greve
A assembleia, assim como a reunião do Conselho Estadual de Representantes (CER), que ocorreu pela manhã, assumiu como tarefa central a organização da greve, para que seja forte, representativa e contribua efetivamente para a conquista das reivindicações. Desta forma, foram aprovados os seguintes encaminhamentos:
1. Os principais eixos de luta são:
 Contra a Reforma da Previdência, que acaba com o direito à aposentadoria dos trabalhadoGrande
assembleia organiza a
greve do dia 15 de março
Secretaria de Comunicação
res e trabalhadoras, prejudicando fortemente as professoras. Repudiamos esta reforma e não admitimos que sejam apresentadas emendas ao projeto do governo.
 Por reajuste salarial imediato rumo à aplicação da Meta 17 do Plano Estadual de Educação (equiparação salarial com as demais categorias com formação equivalente)
 Pelo currículo máximo no ensino médio – contra a retirada de disciplinas (currículo mínimo). Por educação de qualidade em todos os níveis.
 Contra o golpe, contra a retirada de direitos, contra os retrocessos.
2. 15 de março – 14 horas - assembleia estadual – Praça da República – deliberar pela continuidade ou não da greve.
3. 13 de março – visitar escolas – dialogar com professores, estudantes e pais sobre a Reforma da Previdência, situação da escola pública, reivindicações e greve. Debater com a categoria a continuidade ou não da greve.
4. 14 de março – realizar assembleias regionais para debater continuidade ou não da greve e demais questões da campanha. Trazer posicionamento no CER e assembleia de 15 de março.
5. Realizar manifestações regionais e panfletagens. Utilizar carros de som, com gravação a ser encaminhada pela Sede Central às subsedes.
6. Realizar atividades nas regiões e nos aeroportos pressionando os deputados federais para que rejeitem a Reforma da Previdência.
7. Realizar consulta popular sobre a Reforma da Previdência, em período a ser definido. Materiais serão encaminhados pela Sede Central.
8. Trabalhar para que se realize uma plenária das categorias em luta.
9. As subsedes devem organizar fundos de greve nas escolas e nas regiões com atividades culturais, feiras, mostras, saraus e outras. Convidar artistas das regiões que possam colaborar apresentando-se voluntariamente em shows para arrecadação. A Diretoria fará contato com artistas renomados para shows e atividades centralizadas.
10. Convocar reunião do Grito pela Escola Pública de Qualidade no Estado de São Paulo.
11. Propor a realização de um Dia Nacional de Mobilização em Brasília.
12. Realizar Dia Estadual de Luta com os estudantes.
13. A APEOESP ingressará com ação judicial por reajuste e isonomia salarial. Rejeitamos a retomada da política de abonos para regularização da defasagem salarial de PEB I em relação ao piso salarial profissional nacional. Queremos salário, não bônus, abonos e gratificações.
14. Reeditar a cartilha da previdência e a carta aberta aos estudantes, aos pais e à população.

Fonte: http://www.apeoesp.org.br/

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