
Pela imediata aplicação dos 10% do PIB na Educação Pública!
Toda a população sabe que a educação em nosso país não vai nada bem, basta observar a situação das escolas públicas no Estado de São Paulo e veremos que muitas escolas não oferecem condições adequadas para que nossos filhos e filhas aprendam com tranqüilidade.
São salas de aula superlotadas (pior que o ônibus que você pega pela manhã), falta de funcionários, falta de bibliotecas, falta de laboratório de ciências, falta de equipamentos esportivos, enfim, não existe o mínimo de estrutura para que os estudantes aprendam.
Essa situação de calamidade pública ocorre por falta de investimentos, ou seja, os governos destinam pouquíssimo dinheiro para a educação. Você pode entender esse absurdo se observar a porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB) que é destinada para a educação.
O Produto Interno Bruto – PIB é a somatória de todos os bens econômicos e serviços produzidos por um país durante um ano. No caso do Brasil, esse montante, 2.194 trilhões de dólares, nos colocou na posição de sétima economia do mundo.

Então veja, investimos hoje, em média, 5% do PIB brasileiro em educação. Só para você ter uma idéia a África do Sul investe 5,4% do PIB em educação, a Bolívia 6,4%, o Yemem 9,6%, o México 5,4% e Cuba 9,1. Investimos, portanto, bem menos que outros países em educação.
A Câmara dos Deputados aprovou a meta de 10% do PIB para a educação no novo PNE (Plano Nacional de Ensino), válido de 2013 a 2023 – o texto deve ainda ser aprovado pelo Senado e sancionado pela Presidência. Muitos comemoraram essa “conquista histórica”. Mas é necessário que se desmonte a falácia: o que foi aprovado não contempla em nada a nossa reivindicação, pois além de ser apenas uma meta – não há nenhuma punição prevista em caso de descumprimento – e só estar prevista para ser atingida no fim do período (2023), não há a garantia de que esse investimento será feito na educação pública, continuando a farra de repasses de dineiro público para empresários da educação privada manterem seus negócios via ProUni e Fies. Nos ultimos anos, inclusive, tiveram suas dívidas perdoadas em troca de bolsas de estudo. É o governo federal fazendo escambo com o mercado de diplomas.
Vale dizer,ainda, que no antigo PNE, válido de 2000 a 2010, a meta de investimento era de 7% do PIB no fim do período, porém, este valor nunca fora cumprido e o percentual investido hoje, varia entre cerca de 4% e 5%. Tanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – 1995/2002 pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) –, quanto Luiz Inácio Lula da Silva – 2003/2010 pelo Partido dos Trabalhadores – chegaram a vetar o percentual de investimento, o que mostra uma semelhança entre ambos programas: defesa da educação de forma vazia e demagógica.
Os fatos se tornam ainda mais revoltantes quando olhamos para os dados de execução orçamentária de 2012 e constatamos como foi repartido o orçamento da União, destinando praticamente a metade do orçamento para o pagamento de juros e amortização da dívida pública, ou seja, metade do orçamento da União foi direto para a mão de credores (destes, 98% são bancos, fundos de pensão e/ou fundos de investimento), na medida em que para a educação são destinados míseros 3,18%.
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Só até junho deste ano, já foi gasto mais com amortização da dívida pública do que a previsão de investimento para todo ano em educação.
Queremos mais!
Queremos que todos os problemas educacionais, ocasionados pela falta de recursos, sejam resolvidos e, para isso, queremos que o governo invista 10% do PIB em educação imediatamente, não daqui a 10 anos, nossos filhos estudam hoje e queremos mais investimento em educação já.
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